O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Assim como os outros tipos, ele é resultante de uma disfunção celular que faz determinadas células do nosso corpo crescerem e se multiplicarem desordenadamente.
Essa disfunção faz com que as células ganhem características anormais, causadas por mutações no material genético. Essas mutações podem ser hereditárias ou influenciadas por fatores ambientais.
Por ser uma doença de rápido desenvolvimento, é fundamental que o diagnóstico precoce seja realizado. Esse diagnóstico começa através do autoexame, em que a paciente começa a identificar algumas mudanças no mamilo, confirmado com o médico mastologista, após a realização da mamografia e a biópsia de possíveis nódulos.
Por isso, é fundamental conhecer o seu corpo e identificar os possíveis sinais ou mudanças que o mamilo pode sofrer, com o desenvolvimento da doença.
Principais mudanças no mamilo e região
- Nódulo mamário: se a mulher, durante o autoexame, notar a presença de nódulo palpável, de consistência endurecida, pouco móvel ou fixo nos tecidos vizinhos, é necessário ficar em alerta. Normalmente, esse nódulo não causa dor quando é pressionado.
- Alterações cutâneas no mamilo: a mulher pode notar alterações dos contornos mamários. Essa alteração da pele pode se tornar mais evidente quando a paciente levanta ambos os braços e observa as mamas no espelho;
- Nódulos nas axilas: a paciente pode identificar nódulo endurecido e pouco móvel na região axilar. Geralmente o nódulo decorrente do acometimento pelo câncer é indolor. Se tiver dúvidas, procure seu médico;
- Alteração dos mamilos: a retração do mamilo (afundamento) pode ser sinal de doença na região central da mama. Se a retração ocorreu recentemente, procure seu médico para o correto diagnóstico;
- Fluxo papilar suspeito: a saída de líquido pelo mamilo pode ser um sinal de alerta! Quando a exteriorização do fluxo papilar for espontânea, ou seja, houver a saída do líquido sem ter ocorrido qualquer compressão da mama, a paciente deverá procurar orientação médica.
No entanto, é importante salientar que o uso de medicações específicas ou alterações hormonais pode acarretar esse sintoma, mas é fundamental, toda vez que houver saída de líquido com sangue (conteúdo avermelhado ou sangue vivo), buscar a avaliação médica;
- Vermelhidão e/ou edema da pele do mamilo: a alteração da coloração da pele e o inchaço podem estar associados com o câncer de mama.
Geralmente a paciente com câncer não se queixa de dor na região ou sintomas como febre, porém pode haver aumento da temperatura sobre a área avermelhada. Se a mulher notar um desses sinais, recomenda-se que procure o médico para identificar a causa exata do sintoma;
- Vasos sanguíneos (veias na pele): o aparecimento de vasos sanguíneos visíveis na pele pode ser um sinal de alerta.
- Úlceras: a presença de feridas na pele ou no mamilo devem ser investigadas.
Qual a importância do diagnóstico precoce de câncer de mama?
O diagnóstico precoce é importante para todos os tipos de tumores, não apenas de mama. Quanto mais rápido diagnosticarmos o tumor, menor a chance de ele ter se espalhado para linfonodos e para outros órgãos com acometimento de metástase,
Os tumores diagnosticados mais precocemente também recebem tratamento menos intensos, por exemplo, a cirurgia é menos invasiva. Além disso, quando diagnosticado precocemente, muitas mulheres não necessitam de quimioterapia, tornando o tratamento menos agressivo.
Diagnóstico
Para detectar a doença, é fundamental que a paciente fique atenta ao corpo e as mudanças que podem ocorrer nos seus seios e a partir disso, procurar um médico para realizar o diagnóstico final do câncer de mama, através do exame físico e clínico e exames como a mamografia.
A realização da mamografia é uma forma de diagnóstico da doença e consiste em um tipo de radiografia capaz de captar um tumor ainda em seu estágio muito inicial, quando ainda não é perceptível no autoexame. Exames complementares, como a ressonância magnética nuclear, tomografia computadorizada e ultrassonografia, ajudam os profissionais a identificar o estágio da doença.
O que fazer após ser diagnosticada com câncer de mama?
Após ter o resultado de câncer de mama, a paciente deverá se consultar com mastologista para se determinar qual será o primeiro tratamento. Em alguns casos é necessário começar com a quimioterapia e depois ir para a cirurgia, já em outros é necessário ir direto para a cirurgia. É sempre aconselhável que o mastologista e o oncologista discutam para traçar a melhor estratégia do tratamento para câncer de mama de cada paciente.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar, envolvendo mastologista para a cirurgia, radio-oncologista para radioterapia, oncologista para quimioterapia e terapia hormonal.
Prevenção
A melhor forma de prevenir o câncer de mama é por meio do diagnóstico precoce, que ajuda a manter a sobrevida das pacientes em até 95% dos casos, visto que influencia diretamente na eficiência do tratamento, já que, quanto mais cedo, o câncer for descoberto, menos agressivo ele pode ser.
Além disso, é fundamental manter um estilo de vida saudável, evitar o consumo de álcool e cigarro, manter uma rotina de exercícios físicos, controlar o peso corporal, evitar alimentos processados e investir em alimentos mais naturais para manter o corpo saudável e afastar os riscos do desenvolvimento da doença.