O câncer de mama é uma condição em que células anormais começam a se multiplicar de maneira descontrolada nos tecidos mamários. Essas células anormais podem formar um tumor que pode ser benigno (não cancerígeno) ou maligno (câncer). O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres em todo o mundo, embora também possa afetar homens, em uma taxa muito menor.
Os principais fatores de risco para o câncer de mama incluem histórico familiar de câncer de mama ou de ovário, idade avançada, exposição prolongada a estrogênio (como menstruação precoce ou menopausa tardia), uso prolongado de terapia hormonal, obesidade, consumo excessivo de álcool, entre outros.
A detecção precoce é fundamental para o tratamento bem-sucedido do câncer de mama. As principais formas de detecção incluem:
- Autoexame das mamas: Mulheres são encorajadas a se familiarizar com a aparência e textura de suas mamas e a fazer um autoexame mensalmente para detectar quaisquer alterações. Estudos não demonstram que o auto exame diminui a mortalidade pela doença, porém o autoconhecimento é fundamental.
- Exame clínico das mamas: Deve ser realizado por um profissional de saúde treinado, como um médico ou enfermeiro, a cada três anos para mulheres entre 20 e 39 anos e anualmente para mulheres com 40 anos ou mais. Alguns estudos demonstram que quando realizado de maneira periódica em pacientes sem acesso a mamografia, o exame clínico das mamas por profissional treinado pode ser efetivo na redução da mortalidade pela doença.
- Mamografia: É um exame de imagem que utiliza raios-X para detectar alterações nos seios antes mesmo que elas se tornem palpáveis. A mamografia é recomendada anualmente para mulheres a partir dos 40 anos, é o método que comprovadamente reduz a mortalidade pela doença.
- Ressonância magnética (RM) das mamas: Pode ser recomendada para mulheres com alto risco de câncer de mama devido a histórico familiar ou mutações genéticas.
O tratamento do câncer de mama depende do estágio da doença, do tipo de câncer e das características individuais da paciente. As opções de tratamento podem incluir cirurgia para remover o tumor (mastectomia ou lumpectomia), radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e terapia direcionada.
A conscientização sobre o câncer de mama, bem como a educação sobre fatores de risco, detecção precoce e opções de tratamento, desempenham um papel fundamental na redução do impacto dessa doença.
Assim é fundamental desvendar os principais mitos e verdades que podem estar relacionados a essa doença, por isso, no artigo de hoje, vamos explorar alguns desses mitos e verdades. Confira abaixo:
20 Mitos X Verdades sobre o câncer de mama
Mito 1: Apenas mulheres podem ter câncer de mama.
Verdade 1: Embora seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver câncer de mama. Para cada 100 casos de câncer de mama nas mulheres, teremos 1 nos homens.
Mito 2: Sutiãs apertados causam câncer de mama.
Verdade 2: Não há evidências científicas que liguem sutiãs apertados ao câncer de mama.
Mito 3: Apenas histórico familiar aumenta o risco.
Verdade 3: Fatores como idade, exposição hormonal e estilo de vida também influenciam o risco.
Mito 4: Caroços sempre indicam câncer.
Verdade 4: Nem todos os caroços são cancerosos, mas qualquer alteração deve ser avaliada por um profissional especializado, principalmente em mulheres com idade maior que 40 anos.
Mito 5: Mamografias causam disseminação do câncer.
Verdade 5: Mamografias usam baixa radiação e ajudam na detecção precoce, não foram associadas a aumento da incidência da doença em nenhum dos estudos realizados.
Mito 6: Desodorantes causam câncer de mama.
Verdade 6: Não há provas de que desodorantes causem a doença.
Mito 7: Câncer de mama é sempre doloroso.
Verdade 7: Nem sempre causa dor, especialmente em estágios iniciais.
Mito 8: Seios pequenos têm menor risco.
Verdade 8: O tamanho dos seios não afeta o risco.
Mito 9: Somente idosas são afetadas.
Verdade 9: O câncer de mama pode ocorrer em qualquer idade, porém a doença é mais comum após os 50 anos.
Mito 10: Anticoncepcionais causam câncer.
Verdade 10: Alguns estudos indicam uma pequena relação, mas o risco é baixo.
Mito 11: Cirurgia faz o câncer se espalhar.
Verdade 11: A cirurgia é uma parte essencial do tratamento e não causa disseminação.
Mito 12: Câncer de mama é sempre fatal.
Verdade 12: Se detectado precocemente, tem altas taxas de sobrevivência.
Mito 13: Produtos à base de soja causam câncer.
Verdade 13: A soja não está ligada ao câncer de mama.
Mito 14: Ter filhos protege contra o câncer.
Verdade 14: Gravidez precoce pode reduzir o risco, mas não é garantia.
Mito 15: Mastectomia é a única opção.
Verdade 15: O tratamento depende do caso; nem sempre é necessário remover toda a mama.
Mito 16: Câncer de mama é contagioso.
Verdade 16: O câncer não é transmitido de pessoa para pessoa.
Mito 17: Álcool não afeta o risco.
Verdade 17: O consumo excessivo de álcool está relacionado a um aumento do risco.
Mito 18: Exame de toque é suficiente para detecção.
Verdade 18: Exames de imagem (mamografia) conseguem identificar de maneira mais precoce que a palpação a doença.
Mito 19: Todos os casos têm sintomas visíveis.
Verdade 19: Muitos casos iniciais são assintomáticos.
Mito 20: Câncer de mama é uma sentença de morte.
Verdade 20: Com detecção precoce e tratamento adequado, muitas pessoas sobrevivem e vivem saudáveis após o tratamento.
É crucial separar os mitos da realidade quando se trata de câncer de mama. Informação correta e conscientização são vitais para prevenção, detecção e tratamento eficazes. Sempre busque orientação médica confiável para entender melhor a doença e suas implicações.