O câncer de mama é uma realidade enfrentada por milhões de mulheres em todo o mundo. Embora o diagnóstico inicial possa ser superado com tratamento adequado, há sempre o temor da recorrência. 

Neste artigo, exploraremos os riscos de recorrência do câncer de mama e as medidas que as pacientes devem tomar para prevenir a recidiva da doença e maneiras de enfrentar essa situação desafiadora caso ela ocorra.

O que causa a recorrência do câncer de mama?

Após uma cirurgia para remover o câncer de mama, seja ela menos invasiva ou mais radical, existe a possibilidade de células cancerígenas permanecerem silenciosas no local do tumor ou se espalharem para outras partes do corpo, o que pode resultar no retorno da doença mais tarde. Esse retorno é conhecido como recidiva ou recorrência do câncer.

Em alguns casos, a recorrência pode ocorrer na mama, chamada de recorrência local. Outras vezes, pode se manifestar nos gânglios linfáticos próximos à axila, denominada recorrência locorregional, ou até mesmo em órgãos distantes do corpo, conhecida como metástase a distância.

Vários fatores influenciam o risco de recorrência, incluindo características do tumor original, como tamanho, envolvimento dos linfonodos, tipo de células tumorais, além de fatores individuais como idade, peso, menopausa e histórico genético.

Em casos de risco de recorrência, podem ser recomendados tratamentos adicionais, como radioterapia ou terapia hormonal, com o objetivo de eliminar células cancerígenas remanescentes e reduzir as chances de recorrência. 

Essas opções de tratamento são discutidas mais detalhadamente em outro artigo, ao qual você pode acessar para obter mais informações.

Em quanto tempo o paciente pode voltar a ter a doença?

A recorrência do câncer de mama pode ocorrer em diferentes períodos de tempo, e é difícil prever um prazo exato. De acordo com um estudo do Journal of the National Cancer Institute, foram relatados casos de recorrência até 39 anos após o diagnóstico inicial. 

No entanto, o estudo também descobriu que, em mulheres com câncer de mama do tipo receptor de estrogênio positivo (ER) e receptor HER2 negativo, pelo menos metade das recorrências ocorreram após mais de cinco anos do diagnóstico inicial. Esse estudo analisou dados de 36.924 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 1987 e 2004.

Qual a diferença entre uma recidiva da doença e um novo câncer? 

O câncer é classificado em diferentes subtipos e requer uma avaliação cuidadosa para garantir o tratamento adequado. 

É importante entender que, além da recorrência ou recidiva, pode ocorrer o desenvolvimento de um segundo câncer, originado em uma área diferente do corpo, e por isso não deve ser confundido com o primeiro. 

Em outras palavras, a presença de um novo tumor após o tratamento do câncer inicial não significa necessariamente que o câncer original retornou.

Quais os tipos mais comuns de recorrência do câncer de mama?

Recorrência local

Quando o câncer reaparece no mesmo seio ou na região da cicatriz da cirurgia, é classificado como recorrência local. 

É importante estar atento a sintomas como vermelhidão e inchaço na área, pois esses sinais podem ser causados pelo tratamento de radioterapia pós-cirúrgica, o que pode complicar o diagnóstico da recorrência. 

Além disso, a detecção de caroços deve ser monitorada de perto. Após cirurgias como mastectomia ou reconstrução mamária, é comum que caroços benignos apareçam, mas é essencial que o médico os avalie para descartar qualquer sinal de recorrência.

Recorrência regional

Quando o câncer é encontrado em áreas próximas ao local do câncer original, é considerado uma recorrência regional. Essas áreas podem incluir os linfonodos, axilas, pele da mama, parede torácica e clavícula.

Recorrência de metástase

Este tipo de recorrência é classificado como estágio IV, sendo um estágio avançado da doença. Geralmente, é quando o câncer que teve origem na mama se espalha para outras partes do corpo, como ossos, cérebro, pulmões e fígado.

Como evitar a recorrência do câncer de mama?

Evitar a recorrência do câncer de mama não tem uma fórmula exata, mas seguir medidas preventivas similares às adotadas após o primeiro diagnóstico pode ajudar a reduzir as chances de uma recaída. Estas medidas não só contribuem para a prevenção da recorrência, mas também promovem o bem-estar geral:

  • Manter uma rotina regular de exercícios físicos.
  • Continuar realizando exames de acompanhamento conforme orientação médica, seja anualmente, semestralmente ou conforme necessário.
  • Adotar uma alimentação equilibrada.
  • Cuidar da saúde mental, que desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde como um todo.

Além disso, é importante seguir as recomendações médicas específicas para cada caso de câncer, incluindo o cumprimento dos tratamentos indicados. Estes tratamentos podem incluir cirurgia, radioterapia e outras terapias, às vezes administradas antes ou depois da cirurgia, ou em ambos os períodos, dependendo das necessidades individuais do paciente.

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