A principal questão para muitas pacientes é se a adenose esclerosante pode se transformar em câncer de mama. A resposta é: não, a adenose esclerosante, por si só, não se transforma em câncer. No entanto, algumas mulheres com adenose esclerosante podem ter um risco ligeiramente aumentado de desenvolver câncer de mama no futuro, mas esse risco não é tão alto quanto o de outras condições.

A adenose esclerosante é considerada uma lesão proliferativa benigna, ou seja, é uma condição em que há proliferação celular, mas sem características malignas. 

Algumas pesquisas sugerem que o risco relativo de câncer de mama em mulheres com adenose esclerosante é de aproximadamente 1,5 a 2 vezes maior em comparação com a população geral. 

No entanto, esse aumento de risco é considerado pequeno e não significa que todas as mulheres com adenose esclerosante irão desenvolver câncer.

Fatores de risco para câncer de mama

Embora a adenose esclerosante possa aumentar levemente o risco de câncer de mama, é importante lembrar que existem vários outros fatores que influenciam o desenvolvimento da doença. Alguns dos fatores de risco mais conhecidos incluem:

  • Idade: O risco de câncer de mama aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos.
  • Histórico familiar: Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha) que tiveram câncer de mama têm um risco maior de desenvolver a doença.
  • Mutação genética: Mutações em genes como BRCA1 e BRCA2 aumentam significativamente o risco de câncer de mama.
  • Exposição hormonal: Uso prolongado de terapia de reposição hormonal ou pílulas anticoncepcionais pode aumentar o risco.
  • Estilo de vida: Fatores como obesidade, sedentarismo, consumo de álcool e dieta pobre em nutrientes também estão associados a um maior risco de câncer de mama.

Dessa forma, o risco individual de câncer de mama depende de uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais, e não apenas da presença de condições benignas como a adenose esclerosante.

Diagnóstico de adenose esclerosante

O diagnóstico de adenose esclerosante geralmente começa com exames de imagem, como mamografia ou ultrassonografia, que podem mostrar alterações suspeitas no tecido mamário. No entanto, devido à semelhança com o câncer de mama, uma biópsia é frequentemente necessária para confirmar o diagnóstico.

Na biópsia, um pequeno pedaço de tecido mamário é removido e analisado ao microscópio. O patologista examina o tecido para identificar a presença de adenose esclerosante e descartar a possibilidade de câncer. Esse procedimento é essencial para garantir que o tratamento e o acompanhamento sejam adequados.

Tratamento e acompanhamento

Na maioria dos casos, a adenose esclerosante não requer tratamento, já que é uma condição benigna. No entanto, o médico pode recomendar acompanhamento regular com mamografias ou outros exames de imagem para monitorar o tecido mamário e garantir que não haja alterações malignas.

Se a adenose esclerosante estiver associada a dor ou desconforto, o médico pode sugerir medicamentos para alívio dos sintomas, como anti-inflamatórios. Em casos raros, quando a condição causa muita preocupação ou desconforto, pode ser indicada uma excisão cirúrgica para remover a área afetada.

Quando procurar um mastologista?

É fundamental que todas as mulheres façam exames de rotina, como mamografias, conforme recomendado pelas diretrizes médicas, especialmente após os 40 anos de idade. 

Mulheres com adenose esclerosante devem discutir com seu médico a frequência adequada de acompanhamento, considerando seus fatores de risco individuais.

Se você notar qualquer alteração em suas mamas, como nódulos, mudanças na textura da pele ou dor persistente, é importante procurar um médico para avaliação. 

Embora a maioria das condições mamárias, incluindo a adenose esclerosante, sejam benignas, o diagnóstico precoce de qualquer alteração pode garantir um tratamento mais eficaz, caso necessário.

Com o acompanhamento médico adequado, as pacientes podem monitorar a condição e minimizar quaisquer riscos. O diagnóstico precoce e o monitoramento regular são fundamentais para manter a saúde mamária em dia e evitar complicações futuras.

Similar Posts