O autoexame das mamas é uma prática simples e importante para que as pessoas conheçam melhor o próprio corpo e fiquem atentas a possíveis alterações. Apesar de ser muito recomendado, é essencial entender o que ele pode — e não pode — identificar. Saber disso ajuda a evitar preocupações desnecessárias ou, por outro lado, a negligenciar sinais que precisam de avaliação médica.

O que é o autoexame das mamas?

O autoexame das mamas é uma observação e palpação feitas pela própria pessoa para identificar mudanças ou irregularidades nas mamas. É recomendado que seja feito mensalmente, preferencialmente poucos dias após o fim da menstruação, quando as mamas estão menos sensíveis. Para quem já passou pela menopausa, escolher um dia fixo no mês facilita manter a regularidade.

Embora o autoexame não substitua consultas médicas ou exames como mamografias, ele ajuda a aumentar a percepção sobre alterações que podem indicar algo fora do normal.

O que o autoexame das mamas pode identificar?

O autoexame permite observar mudanças visíveis e palpáveis. Entre os sinais que podem ser percebidos estão:

  • Nódulos ou caroços
    Pequenos nódulos podem ser detectados durante a palpação. Eles podem ser benignos (como cistos) ou, em alguns casos, malignos.
  • Alterações na pele
    A pele da mama pode apresentar sinais como:
    • Vermelhidão ou inchaço.
    • Aspecto enrugado ou textura parecida com “casca de laranja”.
  • Alterações no mamilo
    Mudanças no formato, retração (quando o mamilo fica “puxado” para dentro) ou secreção fora do comum, como sangue ou líquido transparente, podem ser notadas.
  • Mudança no tamanho ou formato das mamas
    Assimetrias mais evidentes, aumento de volume ou deformações podem ser sinais de alerta.
  • Dor localizada
    Embora a dor isolada nem sempre seja indicativa de algo grave, deve ser investigada se for persistente ou acompanhada de outros sinais.

Limitações do autoexame das mamas

Apesar de sua importância, o autoexame das mamas tem limitações significativas:

Nódulos muito pequenos
O autoexame pode não identificar nódulos em estágios iniciais, especialmente se forem menores que 1 cm ou localizados em áreas mais profundas.

Alterações microscópicas
O câncer de mama em seus estágios mais iniciais geralmente não apresenta alterações palpáveis ou visíveis. Esses casos são detectados por exames de imagem, como a mamografia.

Confusão com alterações naturais
Algumas alterações, como nódulos benignos ou variações hormonais, podem ser confundidas com algo mais sério, gerando ansiedade desnecessária.

Falsos negativos
A ausência de sinais no autoexame não garante que não haja alterações. Por isso, exames médicos regulares são indispensáveis.

A Importância do autoexame no cuidado com as mamas

Mesmo com suas limitações, o autoexame é uma ferramenta útil porque:

  • Promove o autoconhecimento: ajuda a identificar o que é normal para seu corpo e perceber rapidamente algo fora do comum.
  • Complementa outros cuidados: embora não substitua exames clínicos e de imagem, é um ponto de partida para buscar ajuda médica ao identificar alterações.
  • Aumenta a conscientização: incentiva a prática de hábitos saudáveis e o acompanhamento regular da saúde.

Como fazer o autoexame das mamas?

Seguir um passo a passo simples pode facilitar o autoexame:

Na frente do espelho

  • Observe as mamas com os braços abaixados, depois com os braços levantados.
  • Procure por alterações na pele, no tamanho ou no formato das mamas.

Deitada

  • Deite-se e coloque um travesseiro sob o ombro do lado que será examinado.
  • Com a mão oposta, use as pontas dos dedos para palpar as mamas em movimentos circulares, cobrindo toda a área, incluindo axilas.

Durante o banho

  • Aplique sabão para facilitar a palpação e repita os movimentos circulares.

O que fazer ao perceber alterações?

Se você notar alguma alteração, evite o pânico. Muitas mudanças nas mamas são benignas, especialmente em mulheres mais jovens. Porém, é fundamental:

  • Procurar um médico: um especialista, como um mastologista, pode avaliar a alteração e solicitar exames complementares, como mamografia, ultrassom ou biópsia, se necessário.
  • Evitar diagnósticos precipitados: não tente interpretar sinais sozinho. Apenas um médico pode determinar se algo é preocupante ou não.

O papel da mamografia e do acompanhamento médico

A mamografia continua sendo o principal exame para detectar o câncer de mama em estágio inicial, especialmente em mulheres com mais de 40 anos ou com fatores de risco. Consultas regulares com um ginecologista ou mastologista ajudam a manter a saúde das mamas em dia.

O autoexame das mamas é uma prática simples e acessível que promove o autoconhecimento e pode ajudar a identificar alterações importantes. No entanto, ele não substitui exames de rotina e acompanhamento médico.

Use o autoexame como uma ferramenta complementar e mantenha consultas regulares e exames preventivos em dia. Afinal, cuidar da saúde das mamas é um passo essencial para garantir bem-estar e qualidade de vida.

Referência

Como fazer o autoexame da mama (veja o passo a passo). Disponível em: <https://www.tuasaude.com/como-fazer-o-autoexame-da-mama/>. Acesso em 1 de Dezembro de 2024.

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