O carcinoma tubular invasivo é um tipo raro de câncer de mama, caracterizado pela formação de estruturas que parecem pequenos túbulos pelas células malignas. Embora sua taxa de crescimento seja relativamente lenta e seu comportamento seja menos agressivo do que outros tipos de câncer de mama, ele ainda requer tratamento especializado. 

Este tipo de carcinoma, quando diagnosticado precocemente, costuma ter um prognóstico favorável, mas é essencial que os pacientes compreendam as opções de tratamento disponíveis.

Diagnóstico do carcinoma tubular invasivo

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz do carcinoma tubular invasivo. Os métodos diagnósticos geralmente incluem:

  • Mamografia: identifica áreas anormais na mama, levantando suspeitas de carcinoma tubular.
  • Ultrassonografia: utilizada para examinar melhor áreas que aparecem alteradas na mamografia.
  • Biópsia: confirma o diagnóstico ao analisar uma amostra do tecido da mama em laboratório.

Após o diagnóstico, o médico determinará o estágio do câncer, o que é crucial para o planejamento do tratamento.

Opções de tratamento do carcinoma tubular invasivo

O tratamento do carcinoma tubular invasivo segue protocolos semelhantes aos de outros tipos de câncer de mama. No entanto, por ser um tumor de crescimento mais lento, as opções terapêuticas podem ser menos agressivas em alguns casos. Abaixo estão as principais opções de tratamento.

Cirurgia

A cirurgia é o tratamento mais comum e muitas vezes o primeiro passo no combate ao carcinoma tubular invasivo.

Lumpectomia ou quadrantectomia: também chamada de cirurgia conservadora da mama, é frequentemente indicada para casos em que o tumor é pequeno e o objetivo é remover apenas o tecido canceroso e uma margem de tecido saudável ao redor. Após essa cirurgia, geralmente é recomendado tratamento complementar com radioterapia.

Mastectomia: se o tumor for grande ou múltiplo, ou se o paciente tiver alto risco de recidiva, a mastectomia (remoção total da mama) pode ser indicada. Existem diferentes tipos de mastectomia, incluindo a radical e a simples, dependendo da extensão do câncer e das características do paciente.

Radioterapia

Após a cirurgia, principalmente após uma lumpectomia, a radioterapia é frequentemente recomendada. A radioterapia tem como objetivo destruir as células cancerígenas remanescentes na área onde o tumor foi removido, reduzindo o risco de recidiva local.

A radioterapia pode ser administrada em sessões diárias durante algumas semanas, e seus efeitos colaterais costumam ser temporários, como fadiga e irritação na pele.

Terapia Hormonal

Muitos carcinomas tubulares são positivos para receptores hormonais (estrogênio e progesterona), o que significa que o câncer é estimulado por esses hormônios. Nestes casos, a terapia hormonal (também conhecida como terapia endócrina) pode ser uma abordagem eficaz para bloquear ou diminuir os efeitos dos hormônios no tumor.

Esse tratamento geralmente é administrado por cinco a dez anos, com o objetivo de reduzir o risco de recidiva.

Quimioterapia

Embora o carcinoma tubular invasivo seja menos agressivo do que outros tipos de câncer de mama, a quimioterapia pode ser recomendada em alguns casos, especialmente se houver risco de metástase ou se o tumor for de alto grau. A quimioterapia envolve o uso de medicamentos que destroem as células cancerígenas em todo o corpo.

Os efeitos colaterais da quimioterapia podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem fadiga, náusea, perda de cabelo e maior vulnerabilidade a infecções.

Terapia-Alvo

A terapia-alvo é uma abordagem relativamente nova que se concentra em atacar diretamente as alterações moleculares específicas que promovem o crescimento do câncer. 

No caso do carcinoma tubular invasivo, se o tumor expressar o receptor HER2, uma proteína que promove o crescimento do câncer, medicamentos como o trastuzumabe (Herceptin) podem ser indicados. Esta terapia-alvo pode ser usada isoladamente ou em combinação com quimioterapia.

Fatores que influenciam o tratamento

Vários fatores influenciam o plano de tratamento para o carcinoma tubular invasivo:

  • Estágio do câncer: se o câncer foi detectado em estágio inicial, a cirurgia conservadora e a terapia hormonal podem ser suficientes. Em estágios mais avançados, a quimioterapia pode ser necessária.
  • Receptores hormonais: a presença ou ausência de receptores de estrogênio, progesterona e HER2 influenciará o tipo de terapia a ser utilizada.
  • Idade e condição geral do paciente: a idade do paciente e seu estado de saúde geral também são considerados ao planejar o tratamento. Pacientes mais jovens podem tolerar tratamentos mais agressivos, enquanto pacientes idosos ou com comorbidades podem precisar de abordagens menos intensivas.

Prognóstico do carcinoma tubular invasivo

O carcinoma tubular invasivo geralmente tem um excelente prognóstico. A maioria dos pacientes responde bem ao tratamento, e a taxa de recidiva local é baixa, especialmente quando o tratamento inclui cirurgia e radioterapia. A taxa de sobrevida em cinco anos para pacientes com carcinoma tubular invasivo em estágio inicial é superior a 95%.

O tratamento do carcinoma tubular invasivo é personalizado com base nas características do tumor e nas necessidades individuais de cada paciente. A combinação de cirurgia, radioterapia, terapia hormonal e, em alguns casos, quimioterapia e terapia-alvo, oferece uma abordagem eficaz para controlar e tratar esse tipo de câncer de mama. O diagnóstico precoce e o acompanhamento regular são cruciais para garantir os melhores resultados possíveis.

Se você foi diagnosticado com carcinoma tubular invasivo, é importante discutir todas as opções com sua equipe médica para determinar o melhor plano de tratamento para seu caso específico.

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