Quando se pensa em seios, é comum focar apenas no que é visível. No entanto, a mama é composta por diversas estruturas internas, cada uma com tecidos e funções específicas. 

Este artigo irá explorar essas partes, destacando suas funções e importância na anatomia da mama.

Glândula mamária

A glândula mamária é a estrutura principal da mama, responsável pela produção de leite para a amamentação. Esta função é essencial para a alimentação dos recém-nascidos. Todas as demais estruturas da mama servem à glândula mamária, facilitando o transporte e a entrega do leite ao bebê.

A glândula mamária é composta por várias subestruturas, incluindo:

  • Lobos e lóbulos: os lobos são pequenas unidades que circundam a glândula mamária, semelhantes a pétalas de uma flor. Cada lobo contém lóbulos menores onde o leite é produzido. Há centenas de lobos em cada mama, tornando-os fundamentais para a função de amamentação.
  • Ductos lactíferos: esses ductos são responsáveis por transportar o leite dos lóbulos até os mamilos. Como pequenos tubos, eles garantem que o leite produzido na glândula mamária chegue até a boca do bebê. Durante procedimentos cirúrgicos, como a mamoplastia, os médicos cuidam para preservar esses ductos, especialmente se a paciente ainda planeja amamentar.
  • Ampolas: localizadas atrás das aréolas, as ampolas atuam como reservatórios de leite. Elas armazenam o leite temporariamente, liberando-o quando o bebê começa a mamar. Esta função é crucial para evitar o vazamento contínuo de leite.
  • Estruturas Externas da Mama: Aréolas e Mamilos

As partes visíveis da mama, como as aréolas e os mamilos, desempenham papéis vitais na amamentação:

  • Aréolas: a área circular mais escura ao redor dos mamilos tem funções importantes. Além de ajudar o bebê a fazer a sucção, a aréola contém glândulas sebáceas que secretam um líquido oleoso, protegendo tanto a aréola quanto o mamilo contra rachaduras e irritações durante a amamentação.
  • Mamilos: no centro das aréolas, os mamilos são a passagem final do leite para o bebê. Eles contêm pequenas aberturas que permitem a saída do leite, completando o processo de amamentação.

Outras estruturas da mama

Além das partes diretamente relacionadas à produção e entrega do leite, a mama possui outras estruturas importantes:

  • Estroma: este tecido conjuntivo fornece sustentação à mama. Contendo fibras, células e uma substância viscosa, o estroma mantém a forma e a firmeza dos seios. Ele age como um “sutiã interno”, ligando a mama ao músculo e à pele, ajudando a manter sua posição.
  • Tecido adiposo: a gordura na mama é responsável por grande parte do seu volume. Este tecido adiposo envolve os lobos e preenche os espaços entre eles. Com o passar dos anos, a quantidade de gordura na mama tende a aumentar, afetando a densidade do tecido mamário.
  • Sistema circulatório e linfático: como qualquer outra parte do corpo, a mama depende do sangue para fornecer nutrientes e oxigênio às suas células. O sistema linfático, por sua vez, ajuda a eliminar toxinas e resíduos, mantendo os tecidos saudáveis.
  • Pele: a camada externa da mama, a pele, protege contra micro-organismos e contribui para a sustentação do seio. Ela cobre todas as estruturas internas, proporcionando uma barreira protetora.

Como fazer o autoexame das mamas?

Embora o autoexame das mamas tenha sido fortemente recomendado no passado, atualmente, ele não é mais indicado como método principal de detecção. Isso se deve ao fato de que, ao não encontrar nada anormal, a mulher pode ser desencorajada a procurar um médico para uma avaliação profissional.

É crucial ressaltar a importância do exame físico das mamas realizado por um profissional de saúde. Esse exame é fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama, sendo uma etapa obrigatória na consulta ginecológica.

O médico, com seu conhecimento e experiência, é capaz de realizar uma palpação minuciosa e precisa das mamas, podendo também solicitar exames complementares, se necessário.

Apesar disso, é igualmente importante que a mulher se familiarize com seu próprio corpo. Tocar-se regularmente, em momentos de conforto, ajuda a entender o que é normal e a reconhecer qualquer alteração. Esse toque deve ser uma prática de autoconhecimento e observação, sem a necessidade de técnicas específicas ou rigorosas, como anteriormente recomendado.

A Sociedade Brasileira de Mastologia mantém orientações específicas para a detecção precoce do câncer de mama, mesmo na ausência de sintomas:

  • Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar anualmente o exame clínico das mamas.
  • Mulheres entre 50 e 69 anos são aconselhadas a fazer mamografias a cada dois anos.

O diagnóstico precoce é vital para aumentar as chances de cura e possibilitar tratamentos menos invasivos. Por isso, além de se tocar, é essencial seguir as recomendações médicas e realizar exames regulares conforme a faixa etária e o histórico de saúde.

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