A hiperplasia mamária é um termo usado para descrever o crescimento excessivo das células nas mamas, resultando em um aumento da densidade do tecido mamário. Existem dois tipos principais de hiperplasia mamária: hiperplasia usual e hiperplasia atípica.
A hiperplasia usual é considerada um achado benigno, enquanto a hiperplasia atípica possui características celulares anormais que podem aumentar o risco de câncer de mama.
A presença de hiperplasia atípica nas mamas está associada a um risco aumentado de desenvolver câncer de mama no futuro.
Estima-se que mulheres com hiperplasia atípica têm um risco de câncer de mama aproximadamente quatro a cinco vezes maior do que a população em geral.
Portanto, é importante que mulheres com esse diagnóstico sejam monitoradas de perto e tomem medidas preventivas para reduzir o risco de desenvolver câncer de mama.
Fatores de risco
Alguns fatores de risco que podem estar associados ao desenvolvimento da hiperplasia mamária incluem:
- Histórico familiar: mulheres com histórico familiar de hiperplasia mamária ou de câncer de mama podem ter um maior risco de desenvolver essa condição.
- Idade: a hiperplasia mamária é mais comum em mulheres na pré-menopausa, geralmente entre 30 e 50 anos de idade.
- Uso de terapia hormonal: o uso prolongado de terapia hormonal, como terapia de reposição hormonal após a menopausa, pode aumentar o risco de hiperplasia mamária.
- Exposição a estrogênio: exposição prolongada a altos níveis de estrogênio, seja por uso de contraceptivos hormonais, terapia hormonal ou obesidade, pode aumentar o risco de desenvolver hiperplasia mamária.
- Histórico de biópsias prévias: mulheres que já passaram por biópsias mamárias anteriores, especialmente aquelas com diagnóstico prévio de hiperplasia atípica, têm um maior risco de desenvolver hiperplasia mamária novamente.
- Tabagismo: alguns estudos sugerem que o tabagismo pode estar associado a um maior risco de hiperplasia mamária.
É importante ressaltar que a presença de fatores de risco não significa necessariamente que uma mulher desenvolverá hiperplasia mamária. Cada caso é único, e o risco individual pode variar.
Principais sintomas
Os sintomas dessa condição podem incluir:
- Nódulos ou caroços nas mamas: pode-se sentir a presença de nódulos ou áreas endurecidas nas mamas, que podem variar em tamanho.
- Dor mamária: a hiperplasia mamária pode estar associada à dor nas mamas, que pode ser leve ou intensa. Essa dor pode ser cíclica, ocorrendo em certos momentos do ciclo menstrual, ou não cíclica, não relacionada ao ciclo.
- Sensibilidade mamária: as mamas podem ficar sensíveis ao toque ou pressão, causando desconforto.
Mudanças na textura das mamas: O tecido mamário pode apresentar uma textura irregular ou grumosa.
Secreção mamilar: Em alguns casos, pode ocorrer uma secreção anormal pelos mamilos. Essa secreção pode ser transparente, esbranquiçada, amarelada ou com sangue.
Diagnóstico e abordagens de tratamento
O diagnóstico e o tratamento da hiperplasia mamária envolvem uma abordagem médica especializada. Confira algumas informações gerais sobre o diagnóstico e o tratamento dessa condição:
Diagnóstico
Histórico médico e exame físico
O médico irá coletar informações sobre os sintomas, histórico familiar e realizar um exame físico detalhado das mamas.
Exames de imagem
Mamografia, ultrassonografia mamária e, em alguns casos, ressonância magnética podem ser solicitados para avaliar as características das mamas e identificar possíveis anormalidades.
Biópsia
Se forem encontradas alterações suspeitas nos exames de imagem ou se houver uma preocupação maior, uma biópsia pode ser realizada para obter uma amostra de tecido mamário para análise patológica.
Tratamento
Observação e monitoramento
Em muitos casos de hiperplasia mamária, o médico pode recomendar apenas a observação e monitoramento regular da condição, sem a necessidade de intervenção ativa.
Quimioprevenção
A quimioprevenção é o uso de medicamentos para reduzir o risco de desenvolvimento de certas doenças, como o câncer de mama.
Embora a hiperplasia mamária seja uma condição benigna e não cancerosa, algumas mulheres com hiperplasia mamária têm um risco ligeiramente aumentado de desenvolver câncer de mama no futuro.
Nesses casos, a quimioprevenção pode ser considerada como uma opção para reduzir esse risco.
Um medicamento comumente usado na quimioprevenção do câncer de mama é o tamoxifeno, um modulador seletivo do receptor de estrogênio. O tamoxifeno pode ser prescrito para mulheres com hiperplasia mamária para diminuir o risco de desenvolver câncer de mama.
No entanto, é importante ressaltar que a decisão de utilizar a quimioprevenção deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios individuais de cada paciente.
Nem todas as mulheres com hiperplasia mamária precisam receber quimioprevenção, e a escolha do medicamento e a duração do tratamento devem ser discutidas com um médico especialista.
Cirurgia
Em certos casos, a cirurgia pode ser recomendada para remover os nódulos ou áreas afetadas da mama. Isso pode ser feito por meio de uma biópsia excisional ou uma excisão ampla do tecido mamário.
Após o diagnóstico e a escolha de tratamento orientada pelo médico, é importante continuar com exames regulares para monitorar quaisquer alterações e garantir a saúde das mamas.
Como prevenir a hiperplasia mamária?
Embora não haja medidas preventivas específicas para a hiperplasia mamária, existem algumas estratégias gerais que podem ajudar a promover a saúde das mamas e reduzir o risco de desenvolvimento de alterações no tecido mamário como mudanças no estilo alimentar, controle do peso corporal e novamente, manter a frequência de exames regulares nas mamas.