O câncer de mama é um tipo de câncer que se forma no tecido mamário. É o segundo câncer mais comum diagnosticado em mulheres em todo o mundo, afetando milhões de mulheres todos os anos.
O risco de desenvolver câncer de mama aumenta com a idade, e certos fatores como histórico familiar, mutações genéticas e desequilíbrios hormonais também podem aumentar o risco, no entanto, outros fatores podem estar associados ao desenvolvimento da doença, independente do histórico clínico.
O câncer de mama é uma doença grave que pode afetar qualquer pessoa, inclusive gestantes, sendo o câncer mais comum de ser diagnosticado durante a gravidez, amamentação ou no primeiro ano após o parto.
Segundo estatísticas da American Cancer Society, em geral, o câncer de mama pode ser diagnosticado em 1 de cada 3000 mulheres grávidas.
O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama durante a gravidez podem ser complicados devido a vários motivos, como alterações no tecido mamário, sintomas semelhantes às condições relacionadas à gravidez e medo de prejudicar o feto durante os exames diagnósticos e o tratamento.
Diante disso, no texto de hoje, exploraremos algumas razões que explicam por que o câncer de mama é tão difícil de diagnosticar durante a gravidez.
As alterações na mama relacionadas à gravidez podem dificultar a detecção do câncer de mama. Durante a gravidez, a mama passa por mudanças significativas, incluindo aumento e aumento do fluxo sanguíneo. Essas alterações podem dificultar a detecção de nódulos ou outras anormalidades no tecido mamário.
Além disso, as alterações hormonais durante a gravidez podem fazer com que o tecido mamário fique mais denso, dificultando a detecção de pequenos tumores nas mamografias. A partir disso, o câncer de mama pode passar despercebido ou ser diagnosticado mais tarde em mulheres grávidas.
Outro aspecto relevante na dificuldade do diagnóstico está associado ao fato de que os sintomas do câncer de mama podem ser semelhantes aos das condições relacionadas à gravidez.
Por exemplo, tanto o câncer de mama quanto a gravidez podem causar dor na mama, secreção mamilar e alterações no tamanho e na forma da mama. Como resultado, esses sintomas podem ser atribuídos a condições relacionadas à gravidez e não ao câncer de mama, levando a atrasos no diagnóstico.
Além disso, o medo de prejudicar o feto pode dificultar a realização de certos testes diagnósticos. Muitos testes de diagnóstico, como mamografias e biópsias, expõem o feto à radiação e a outros riscos potenciais.
Diante disso, os profissionais de saúde podem hesitar em realizar esses testes em mulheres grávidas, mesmo que haja suspeita de câncer de mama. Isso pode resultar em atrasos no diagnóstico ou oportunidades perdidas de detecção precoce.
É bastante corriqueiro também que os profissionais de saúde tenham menos probabilidade de suspeitar de câncer de mama em mulheres grávidas, visto que o câncer de mama é relativamente raro em mulheres jovens, incluindo mulheres grávidas.
Assim, os profissionais de saúde podem não considerar o câncer de mama como um diagnóstico potencial quando as mulheres grávidas apresentam sintomas relacionados à mama.
Além disso, os profissionais de saúde podem presumir que as alterações mamárias estão relacionadas à gravidez e não investigar mais.
Por fim, a gravidez também pode atrasar o início do tratamento do câncer de mama. O tratamento para o câncer de mama geralmente envolve cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses tratamentos.
No entanto, esses tratamentos podem ser adiados durante a gravidez devido a preocupações sobre seu potencial impacto no feto. Atrasar o tratamento pode levar ao crescimento e disseminação do câncer, o que pode reduzir as chances de resultados bem-sucedidos do tratamento.
O câncer de mama é difícil de diagnosticar durante a gravidez por várias razões. As mudanças que ocorrem na mama durante a gravidez podem dificultar a detecção de nódulos ou outras anormalidades, e os sintomas do câncer de mama podem ser semelhantes aos das condições relacionadas à gravidez.
Além disso, o medo de prejudicar o feto pode dificultar a realização de testes diagnósticos, e os profissionais de saúde podem ter menos probabilidade de suspeitar de câncer de mama em mulheres grávidas. Assim como, a gravidez pode atrasar o início do tratamento para o câncer de mama, o que pode reduzir as chances de resultados bem-sucedidos.
Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam cientes desses desafios e adotem uma abordagem proativa para diagnosticar e tratar o câncer de mama em mulheres grávidas.
Se você estiver grávida e apresentar sintomas relacionados à mama, é crucial falar com seu médico imediatamente. A detecção precoce e o tratamento oferecem a melhor chance de resultados bem-sucedidos tanto para a mãe quanto para o feto. Cerca de 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados precocemente, podem ser curados.
Com detecção precoce e tratamento adequado, muitas pessoas com câncer de mama podem viver vidas longas e saudáveis junto de seus filhos.